Sobranceira ao
rio Lucefece, considerado mágico e sagrado desde os tempos pagãos, a igreja de
Santiago datará dos últimos anos do século XIII. À sua volta, ao longo do
percurso do rio, existiram numerosas azenhas que utilizavam a força motriz da
água. Terão sido estes moinhos que deram o nome ao povoado de São Tiago de Rio de Moinhos.
No interior da
igreja sepultou-se D. Gonçalo, em 1290, cuja lápide sepulcral, descoberta em
1728, ainda se preserva. D. Gonçalo é um homem desconhecido da História, mas
certamente um cavaleiro lavrador proprietário das terras na imediação. O
interior desta igreja encontra-se totalmente revestido a pintura mural
representando cenas da vida de Santiago, datáveis dos primeiros anos do século
XVIII. Estas pinturas de vertente popular representam diversos milagres do santo,
numa linguagem catequética dirigida aos habitantes de Rio de Moinhos. No
interior também se guarda o antigo cruzeiro, obra arcaica dos finais do século
XIII.